"No princípio era o Verbo..." (João, 1) a espalhar a luz pela escuridão, diz a Bíblia, provavelmente a obra mais lida do Mundo. Numa outra leitura menos sagrada para muitos, mas não para tantos, em “ Ficções que curam: psicoterapia e imaginação em Freud, Jung e Adler” , James Hillman aborda igualmente o poder da palavra. Depois de muito reflectir na ideia lançada por um amigo em jeito de convite abanão, é esse resgate que busco quando decidi expôr, sem tabus, as minhas experiências de violência. Pensei em escrever "sem medos", mas isso não seria a verdade. Quem não tem medo de se expôr, de se mostrar frágil para o Mundo, numa espécie de desnudar perante um outro feito de julgamentos e apontar de dedo? Porém, enfrentar medos é um desafio e gosto disso. Talvez por isso goste tanto de gatos. Bem, também gosto dos cães "e todos os bichos do mato"... (lá estou eu "a chamar a música". Foco.) Retomando, há desafios e desafios e este sairá das entranhas....